sábado, 10 de janeiro de 2009

Felicidade Realista

Hoje, dia 10 de Janeiro de 2009, dei uma entrevista para a Rádio CBN, filiada da Rede Globo em Belo Horizonte, com a simpática e perspicaz repórter, Fabiana Arreguy. Prometi a ela e aos amigos da CBN, dispnobilizar em meu blog, o texto Felicidade Realista, de autoria de Mário Quintana. Espero que a leitura ajude a todos!
FELICIDADE REALISTA
Por: Martha Medeiros*

A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacotelouvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, sermagérrimos, sarados, irresistíveis.Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema:queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor.. não basta termos alguém com quem podemosconversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensarpequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmenteapaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentesinesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremossexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É oque dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Vocêpode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com umparceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quandose trata de amor-próprio.Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para sesentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda,buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé eum pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato,amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza,instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo ondesó quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuasdesta tal competitividade.Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com asregras, demita-se.Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça de que afelicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la irembora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e nãosentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração.Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade...


Um abraço fraterno,

Douglas Amorim

* Há tempos este texto circula na internet, como sendo de autoria de Mário Quintana. Após pesquisa minuciosa, descobri que o mesmo se trata de autoria da gaúcha Martha Medeiros. Fica o registro para todos os apreciadores dos bons textos.