terça-feira, 30 de março de 2010

Entrevista hoje - 30/03 - na Rádio CBN

Olá, amigos (as) visitantes! Mais uma vez, fui gentilmente convidado pela Rádio CBN, de Belo Horizonte, para uma entrevista. A mesma será realizada às 10:30 da manhã desta terça-feira (30/03/10), e o tema será BULLYING. A sintonia é no FM 106,1, e o site é: http://www.radiocbn.com.br/
Espero por vocês lá!
Um abraço fraterno,
Douglas Amorim
Ps: Em breve, disponibilizarei a entrevista no: http://www.douglasamorim.com.br/

sexta-feira, 26 de março de 2010

Psicologia VERSUS Psiquiatria? A quem eu devo procurar?

Frequentemente as pessoas me perguntam, seja pessoalmente, por telefone, ou no próprio consultório, a diferença entre Psicologia e Psiquiatria. Normalmente a confusão se dá entre quando procurar um ou outro profissional. O que irei tentar proporcionar agora é uma explicação simples, mas que creio ser útil para ajudar nessa questão. Em primeiro lugar é preciso que uma coisa fique muito clara. A grande maioria das pessoas procura algum profissional da área "Psi", quando alguma coisa não vai bem em sua vida. Essa "coisa que não vai bem", geralmente está ligada a dois eixos básicos que norteiam a vida do ser humano. São eles:
- Eixo Afeto: em todas as suas extensões, refere-se à relação que temos com as outras pessoas, animais, coisas e conosco. Pai, mãe, filhos (as), irmãos (as), marido, esposa, namorado, namorada, amigos (as), bichos de estimação, objetos com significados especiais, entre outros.
- Eixo Trabalho: em todas as suas extensões, refere-se a emprego, trabalho (lembrando que emprego e trabalho não são a mesma coisa), negócios, dinheiro, estudo, cursos, carreira, bens materiais.
Pois bem. Os conflitos nascem geralmente a partir do que acabei de descrever. O que ocorre é que, quando uma pessoa não lida bem com algum ou alguns dos eixos acima, surgem as perturbações emocionais. No meu modo de entender, o que define o profissional mais adequado a ser procurado é exatamente o grau destas perturbações e o quanto elas interferem na vida de um indivíduo. Sabemos, mais do que nunca que, corpo e mente estão intimamente interligados e um interfere, diretamente, no outro. Nesta perspectiva, sou adepto de, antes de se procurar um profissional de Psiquiatria, que se consulte, antes, um da área de Psicologia. O motivo é muito simples. Em um número considerável de vezes, é possível construir, em um processo de psicoterapia, "ferramentas" para auxiliar o paciente a lidar de maneira mais saudável com os conflitos que o fizeram buscar ajuda, sem a necessidade de medicação. Entretanto, em outro número de vezes, o Psicólogo não consegue fazer o trabalho sozinho e torna-se imperioso, o encaminhamento de um paciente, para o profissional de Psiquiatria (sobretudo quando os sintomas trazem um acentuado prejuízo à vida do indivíduo). Lembra-se do que eu acabei de falar sobre mente e corpo interligados? Pois é. Acontece que, quando o nível de aodecimento emocional torna-se severo, o corpo acaba adoecendo junto. E, já parou pra pensar em mente doente e corpo doente? Por isso mesmo, nessas vezes, o trabalho do Psiquiatra se torna fundamental. As medicações utilizadas - na maioria das vezes, antidepressivos, ansiolíticos e estabilizadores de humor - vão colaborar, sensivelmente, na melhora dos sintomas físicos dos pacientes (que podem ser diversos), e, também, na questão do ânimo, do humor, da energia vital. Frequentemente, é preciso que nós, Psicólogos, encaminhemos os pacientes para um trabalho conjunto com o Psiquiatra. Inlusive porque, dependendo do grau de acometimento que o paciente apresentar, ele não tem o mínimo de equilíbrio para aproveitar-se do trabalho de psicoterapia. Por entender que, ocasionalmente, seja necessário este trabalho em conjunto, é que convido você, amigo (a) leitor (a), a entender que a questão não é Psicologia VERSUS Psiquiatria. Nem de longe deve ser preferido um, em detrimento do outro, por ser melhor ou pior. São apenas ciências diferentes, que tem uma contribuição enorme na melhoria da qualidade de vida das pessoas e que devem ser utilizadas, exclusivamente, quando houver indicação técnica para tal.
Um abraço fraterno,
Douglas Amorim